. A lista de situações narrativas e discussões filosóficas desde
o século XIX . A proposta de um novo paradigma para o roteirista
para escrever sua história em "camadas" . Ênfase
especial aos critérios comerciais do mercado internacional, às técnicas de cinema
"indie", o método de fichas para criação de personagens com maior "textura"
. Explicação comentada da fabulosa fórmula de páginas do cinema
comercial de Hollywood . Métrica básica da "página
por minuto". O
nome dessa segunda edição do livro é acrescida da expressão "versão 2.3"
e a explicação vem da informática: "É comum para quem desenvolve software
que haja atualizações e melhorias nos programas, e cada melhoria corresponde a
um número da nova versão, mais avançada e eficaz. Assim, ao acrescentar "versão
2.3" quis demonstrar que se trata da segunda edição, revista, melhorada,
ampliada e atualizada do livro", explica Roman. O
livro surgiu da intenção do autor em organizar o que havia aprendido tanto nos
workshops ingleses de Dov Simens -- professor de Quentin Tarantino --, quanto
nas experiências de trabalho como Analista de Roteiros de Longa Metragem do European
Script Fund, da Comunidade Européia, em Londres. "Lá
eles financiam um roteiro "a ser desenvolvido" desde 20 mil a 200 mil
dólares, e pode dar a impressão de ser um valor alto para serviços de datilografia.
Na verdade, quer dizer dinheiro para o produtor do roteiro e o roteirista criarem
condições de produção em contato com as empresas que adquirem filmes no mercado
internacional.'' O
cinema digital está se tornando mais do que apenas uma solução simples para amadores,
está abrindo novas perspectivas para produção de um novo modelo de filmografia
que pode ser infinitamente enriquecido por roteiros cativantes, fascinantes e
diferentes...
Um roteirista que se utilize de uma "engenharia de
roteiro" vai escrever um roteiro fácil de filmar cenas com alto impacto emocional,
facilitando a produção a se manter num nível baixo de custo. Uma
das maneiras de se escrever um roteiro com chances de sucesso é fazer uma adaptação
de um livro que tenha um nível de venda alto. O livro assim mescla harmoniosamente
critérios de criatividade, técnicas de descrição, referências comerciais como
um facilitador para participar dos processos da industria do entretenimento. A
novidade principal que o livro traz para o cinema nacional é o tema de se descrever
a história com objetos, motivo comum para quem trabalha com publicidade, mas ainda
pouco incorporado na narrativa visual brasileira. O livro indica modos de se incorporar
ferramentas narrativas que ajudem ao espectador estrangeiro a compreender do que
se trata a história, em um momento muito rico em oportunidades, em que a cinematografia
latina está sendo muito requisitada no mercado internacional. "O
cinema brasileiro conta histórias fascinantes, com um nível de produção cada vez
mais avançado, com uma qualidade técnica cada vez maior, mas ainda concentra toda
sua narrativa em diálogos e mudanças de locação" perdendo de se utilizar
outras possibilidades das várias outras 'camadas' da história..." aponta
o autor. "É
muito importante repetir que o mercado internacional para o audiovisual de ficção
compra programas para preencher as janelas de programação em centenas de horas
por ano. É muito filme!"
Texto extraído da página
da Editora. |